Thursday, April 26, 2012

Pandarecos

Talvez por isso, no comecinho de março, dia 7, outro vagão saiu dos trilhos exatamente no mesmo lugar — entre as estações Presidente Altino e Ceasa. Então, a CPTM resolveu interditar o local. Até porque, antes de Odair, um acidente muito parecido ocorrera com outro maquinista, em 16 de janeiro. Foram, portanto, três ocorrências idênticas, três composições descarriladas, nas mãos de três profissionais diferentes, num intervalo de três meses. Odair foi o único que perdeu o emprego. E sabe muito bem por quê: a imprensa estava em cima do governo.

O “homem morto”, como o próprio nome sugere, é um dispositivo que detém a composição caso o maquinista seja acometido por algum tipo de mal súbito e perca os sentidos. Neste caso, evita que o trem continue em descontrolado movimento — o que seria desastroso. Para provar que está vivo, o maquinista deve pisar, a cada seis segundos, sobre um pedal que existe em baixo do painel de comando — e mantê-lo pressionado por um minuto. O procedimento deve ser repetido constantemente. Caso contrário, o “homem morto” se ativará. 

Entretanto, no site da CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - é tudo um mar de rosas


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